quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Série 1100 CPTM e suas Fases.

Os trens da CPTM da Série 1100 popularmente conhecido na linha 7 como "Trem pequeno" ou simplesmente "Pequeno" circula desde 1956 logo de sua chegada.

A Era E.F.S.J.(Estrada de Ferro Santos á Jundiaí.)

Chegada do Trem no Porto de Santos entrega da The Budd Company a E.F.S.J.

Interior do trem da Série 101 original.

Bem antigo né? na verdade é o trem das séries da CPTM mais antigo e em operação,o"Toshiba" série 4800 ou conhecido na EFS/FEPASA/CPTM como "Jotinha" hoje está fora de operação na companhia desde 30 de Abril de 2010, era de 1957 mas entrou em operação apenas em 1958.

TUE "Toshiba" da Estrada de Ferro Sorocabana 

A Estrada de Ferro Santos á Jundiaí. (Wikipédia)


Em 13 de setembro de 1946 a São Paulo Railway foi encampada pelo governo brasileiro em virtude do fim da concessão dada aos ingleses para explorar a rota Santos a Jundiaí.Em 27 de setembro de 1948 o nome da companhia foi alterado para Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, ainda o mais pronunciado nos dias de hoje.Santos a Jundiaí foi uma das 18 ferrovias que formaram a Rede Ferroviária Federal(RFFSA) em 1957. Mesmo tendo se transformando em subsidiária de uma empresa maior, ainda seria mantida como pessoa jurídica distinta e continuou com seu tradicional nome até o ano 1969, ocasião em que todas as integrantes da RFFSA, enfim, foram extintas.Sua malha então passou a formar a 9ª Divisão Operacional da RFFSA,pertencia ao Sistema Regional Centro Sul. Em 1975, foram extintas as divisões operacionais e o que era Sistema Regional Centro Sul passou a se denominar Sistema Regional nº 4(SR-4), com sede em São Paulo, e que também incorporou o sistema de trens de subúrbio da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil na Grande São Paulo.
Os trens da série 1100 em 1956 formavam a série 101 pela estatal E.F.S.J. (Estrada de Ferro Santos Jundiaí),e eram conhecidos como "Budinhos" ou "Budinho" apelido este relacionado com o fabricante "The Budd Company" hoje "ThyssenKrupp Budd".

Série 101 (212) Foto: Autor desconhecido

Estes trens circulavam na recém criada "E.F.S.J." com plena eficiência,a população ainda era tão baixa e a demanda do serviço era tão tranquila, que no pedido feito a "BUDD" foi solicitado que os carros motores viessem com dupla cabine de operação. Nos finais de semana,o carro motor era desengatado dos carros reboques e fazia o trajeto como uma automotriz entre Santos e Jundiaí nos finais de semana,em alguns casos dependendo da demanda até 2 carros reboques eram adicionados totalizando 3 carros.

Podemos notar nesta imagem um trem da série 101 apenas com o carro motor.

Abaixo uma imagem aproximada.



A Cabine 02 do trem da série 101.

Abaixo chegando na estação da Luz em São Paulo.


Tracionavam com carros reboques durante a semana entre diversas rotas totalizando 6 carros entre Perus - Paranapiacaba,Pirituba - Mauá,Francisco Morato - Santo André,Francisco Morato - Paranapiacaba,Paranapiacaba -Pirituba,Pirituba -Mauá,Pirituba - Rio Grande da Serra ,Francisco Morato - Ribeirão Pires,Caieiras - Ribeirão Pires , Caieiras - Mauá  entre outras rotas, as estações de maior movimento até então eram,estação Luz  e Roosevelt (Atual Brás),da estação Luz partiam os trens de longo percurso da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (C.P.E.F.) e da estação "Roosevelt" os trens de subúrbio e de longo percurso da então estatal E.F.C.B. (Estrada de Ferro Central do Brasil),o trem de longo percurso "Santa Cruz" que partia da estação Roosevelt  ligava São Paulo ao Rio de Janeiro.

Série 101 ao lado de um trem da C.P.E.F.Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

"Santa Cruz" Partindo de Roosevelt atual Brás.

 Em alguns períodos, durante os finais de semana, desciam três ou 6 carros para Santos,tracionados a partir de Paranapiacaba pelo "Loco breque" até Raiz da Serra,de Raiz da Serra até Santos eram tracionados por  locomotivas a diesel,em geral uma RS1 ou "Lambreta" Ge 64 Ton, o trecho  entre Paranapiacaba e Santos em ambas as vias do funicular tanto da "serra velha" quanto da "serra nova" nunca foram eletrificadas,apenas nos anos 70 com a construção da cremalheira no leito na antiga "serra velha" passaria a ser eletrificado entre Paranapiacaba e Raiz da Serra, interessante ressaltar que em Paranapiacaba os pantógrafos chamados popularmente de "Balão" do 101 eram baixados em Paranapiacaba e ficavam assim até o seu retorno de Santos,anos mais tarde com a migração da população de outros estados, e a chegada das indústrias automobilísticas em São Caetano do Sul, Região do ABC Paulista, houve um aumento bem considerado no número de população local e migratória em São Paulo,consequentemente aumentava o número de passageiros que utilizavam o trem como meio de transporte o que forçou a estatal E.F.S.J. a adquirir 26 novos carros específicos para a rota partindo de Jundiaí a Santos,eram os trens da série 141 adquiridos já no período de integrada a R.F.F.S.A.

Série 141 E.F.S.J./R.F.F.S.A.

Asim que os novos trens da série 141 começaram a circular entre Santos e Jundiaí e posteriormente Campinas à Santos,os trens da série 101 passaram a ter como rota definitiva, os trechos entre Jundiaí e Paranapiacaba passando apenas a cumprir rotas de subúrbios.

Os motores de tração do série 101 não tinham altura suficiente para pegar nas roldanas do funicular e desciam tranquilamente a serra como podemos conferir na foto abaixo.


Vemos que na serra nova desciam os trens com carros motores e com carro reboque, na imagem abaixo  o trem passa pelo viaduto da Grota Funda.



Série 101 na estação Luz.

Série 101 no Lavador Barra Funda.

Série 101chegando na estação Água Branca na foto de Flávio Michelini.

Série 101 em Paranapiacaba.

Série 101 na estação Luz na foto de Carlos Alberto Brandão.

Na antiga estação Barra Funda.

Abaixo vemos um vídeo bem antigo dos trens da série 101 na E.F.S.J.


A Era RFFSA/CBTU.

No dia 22 de fevereiro de 1984 foi constituída a CBTU com a missão de planejar, realizar estudos, projetos, implantar e construir o transporte de pessoas, operar e explorar comercialmente, ficando sob a responsabilidade da RFFSA, o gerenciamento do transporte de carga sobre trilhos. A CBTU se transforma em uma empresa subsidiária da RFFSA.
Os sistemas ferroviários aos poucos são transferidos da RFFSA para a CBTU, que passa a gerenciar primeiramente, em 1984, São Paulo encampando a antiga estrada de ferro Santos a Jundiaí (E.F.S.J.) e estrada de Ferro Central do Brasil (E.F.C.B.)e Rio de Janeiro.

Em 1986 começam a receber as primeiras modificações ,os trens da série passaram a ter portas do salão de passageiros trocadas por portas sem "respiro",(no vídeo acima podemos notar que ainda tinham portas com respiro),os pantógrafos balão foram substituídos porém mantidos o mesmo padrão,troca de revestimento do piso, e houve também a reconfiguração do posicionamento dos assentos,desde que deixaram de fazer a rota Santos a Jundiaí,as cabines secundárias nunca mais foram utilizadas,sendo estas excluídas dos carros no mesmo período de 1980 permitindo a inserção de mais 4 lugares ou dois bancos,estas modificações foram realizadas nas oficinas da Lapa região de São Paulo.
Abaixo,algumas imagens no período CBTU.


Chegando na Estação Caieiras com destino a Mauá.

 Com destino a Luz chegando em Caieiras.

 Pantógrafo do tipo "Balão"

Podemos notar as portas já sem os "Respiros" apenas com as janelas padrão em acrílico.

No Lavador Barra Funda.

No período CBTU, com a grande alta no número de passageiros e que aumentava a cada dia, os trens começaram a sentir o peso da idade, por muitas vezes protagonizavam falhas operacionais de deixar qualquer controlador de operações de cabelo em pé e com a pulga atrás da orelha, para evitar situações desta ordem,nos horários de pico que correspondiam entre 05:00 as 08:00 e das 17:00 as 20:00 era comum uma locomotiva a diesel ser adicionada e tracionar os trens desta série, no período da manhã,em geral uma locomotiva GE64 ou GE80 Ton. conhecidas como Lambretinhas,estas após o horário de pico ficavam sempre em prontidão em pontos estratégicos da E.F.S.J.para um auxílio rápido no caso de falha ou avaria dos trens de subúrbio.
A lotação passou a ser um problema sério,e começam a surgir nas linhas da Antiga E.F.S.J. os "Pingentes" e "Surfistas Ferroviários", os "Pingentes" eram caracterizados por pessoas que permaneciam dependurados nas portas do lado externo dos trens, e os "Surfistas Ferroviários", viajavam em cima dos trens,o que gerava um grande número de acidentes envolvendo quedas e descargas elétricas aos que acidentalmente tocavam a rede aérea na tentativa de equilibra-se. 

Nesta imagem vemos os pingentes na área frontal e nas portas que circulavam por muitas vezes abertas.

Vemos nesta Imagem de Fabiano Louzada o 101 em trecho da E.F.S.J.

101 em Paranapiacaba.

Série 100 Na era CPTM.

A CPTM teve sua criação autorizada pela Lei nº 7.861, de 28 de maio de 1992, segundo a qual a nova companhia deveria assumir os sistemas de trens da Região Metropolitana de São Paulo, operados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU (Superintendência de Trens Urbanos de São Paulo – STU/SP) e pela Ferrovia Paulista S/A – Fepasa, de forma a assegurar a continuidade e a melhoria dos serviços. Cenas de centenas de usuários pulando nas vias para passar de uma plataforma e outra, trens viajando de portas abertas e composições completamente depredadas eram bastante comuns. Neste ano, eram transportados diariamente 894 mil usuários.
A CPTM assumiu a CBTU – STU/SP (atuais Linhas 7,10 e 11/12) e começando a operar, efetivamente, em abril desse ano. Intervalos nos horários de pico, em algumas linhas, eram de até 20 minutos. A frota herdada pela companhia se encontrava bastante deteriorada, o que leva a implantação do primeiro programa de modernização das composições (PQMR), envolvendo mais de 500 carros. O número de passageiros transportados por dia cai para 800 mil.e a série 101 fizeram parte deste novo programa ainda em 1997.

Os Trens da Série 101 foram todos recolhidos da atual linha 7 Rubi final de 1996 e começo de 1997 após atos de vandalismo em grande parte das estações e em uma pequena parte da frota que trafegava entre Jundiaí e Paranapiacaba e a partir de 1997 os trens da antiga linha A, tiveram suas rotas apenas entre Pirituba e Paranapiacaba para reforma de trens e estações.
A Série 101 passou por modernizações tendo os trabalhos executados pela MAFERSA Material Ferroviário S/A E Cobrasma Companhia Brasileira de Materiais Ferroviários,a MAFERSA modernizou os Carros Pares e a COBRASMA os carros ímpares.
A modernização incluiu,novo painel de Comando,novo revestimento interno,reconfiguração e modernização dos assentos,distribuição dos sistemas elétricos e Pneumáticos,novas portas,nova máscara,sistema ATC,isolamento das portas entre os carros,pantógrafo Balão substituído pelo modelo Faivelley,faróis entre outras modificações.
As configurações técnicas a seguir foram extraídas da comunidade S.A.C. Sociedade Amigos da CPTM Tópico da série 1100.


Formação básica : MC+R+R1

Características

Formação TUE: MC+R+R1
Fabricante: Budd/MAFERSA
Ano de Fabricação: 1957
Origem: EUA
Ano Operação: 1997
Caixa: Aço Inox
Bitola: 1,60 m
Quantidade de Portas/Carro: 8
Linhas de operação: 7/10
Composição Linha 7: 6 Carros
Composição Linha 10: 6 Carros

Dimensões

Altura Carro: 4,121 m
Altura Pantogr. Abaixado: 4,655 m
Altura Pantogr. Levantado: 7,010 m
Altura Boleto ao Piso: 1,362 m
Altura Boleto ao Eixo Engate: 0,927 m
Largura Carro: 3,057 m
Largura Portas: 1,20 m
Comprimento MC/: 25,907 m
Comprimento R/R1: 25,907 m
Peso MC: 58.500 Kg
Peso R: 39.500 Kg
Peso R1: 36.500 Kg
Diâmetro das Rodas: 36 pol.

Capacidade e Desempenho

Esforço Trator: 15.304 Kgf
Potência Contínua: 1.224 Kw
Velocidade Máxima: 100 Km/h
Aceleração Máxima: 0,50 m/s²
Desaceleração Max. Freio de Serviço: 0,77 m/s²
Desaceleração Max. Freio Emergência: 1,10 m/s²
Raio Mín Curv Horiz.: 76 m
Lotação MC: 58+234
Lotação R/R1: 68+238
Lotação TUE: 904

Situação da frota, em junho/2008:
Frota total: 23 unidades (de 1101 a 1123)
Unidades ativas: 20
Unidades inativas: 2 (1103 e 1117)
Unidades baixadas: 1 (1103 1203- acidente de Perus)



Unidades Ativas

1101-1201-1301 + 1302-1202-1102
1104-1204-1304 + 1317-1217-1117
1105-1205-1305 + 1321-1221-1121
1106-1206-1306 + 1307-1207-1107
1108-1208-1308 + 1312-1212-1112
1109-1209-1309 + 1322-1222-1122
1110-1210-1310 + 1315-1215-1115
1111-1211-1311 + 1316-1216-1116
1113-1213-1313 + 1314-1214-1114
1120-1220-1320 + 1323-1223-1123



Primeiro Trem da Série 1100 ex série 101 Pronto e entregue na oficina LAPA trata-se do 1101.

Novo Painel de comando do trem da Série 1100 ex série 101 com controle unificado "Budd Mafersa"

Aspecto interno dos Carros da Série 1100

Em 28 de Julho de 2000 um acidente tira de circulação o trem da série 1100 , 1103 - 1118,o acidente de Perus que vitimou 9 passageiros fatalmente e deixou mais de 70 feridos deu baixa em 3 carros 1103,1203 e 1303, o carro 1103 que era cauda no trajeto Luz a Francisco Morato foi atingido por um trem sem freios modelo Mafersa 1700.

Mafersa 1700 Sobre o trem da série 1100.

Cabine do 1118 ao fundo vemos o "amontoado" na cauda do trem.

Carro 1203 no pátio Lapa dias atuais.

O último acidente registrado com um trem desta série ocorreu em 23/12/2010 quando um trem da nova frota de trens da CPTM série 7000, colidiu com um trem da série 1100 que fazia transposição de vias partindo da estação Luz,não houve feridos e nem danos consideraveis no trem da série 1100 que teve apenas estribos danificados, o trem da série 7000 continua até os dias atuais fora de operação.

Dano no estribo do trem da série 1100.

Danos causados no trem da série 7000 (Q07 - 7025) pelos estribos do trem da série 1100.

Os trens da Série 1100 nos horários de pico operam no "Loop" da linha 7 entre Caieiras e Barra Funda, e nos horários fora de pico cumprem as mais diversas rotas entre Jundiaí e Luz e ocasionalmente atente a linha 10 da CPTM seguindo até Rio Grande da Serra.

 Série 1100 na estação Piqueri Linha 7 Rubi.

 1100 na via auxiliar de Caieiras.

 1100 Oficina Corretiva Lapa

 Cabine de comando série 1100.

 Estação Barra Funda.

 Este bem judiado na Antiga estação de Francisco Morato.

 Oficina Lapa.

 Carro Reboque ex- carro motor ainda ostenta a máscara antiga.

 Brilho característico do aço inox BUDD.

 Chegando na Estação Água Branca, Linha 7 Rubi.

 Chegando na Estação Caieiras, Linha 7 Rubi.

Estação Caieiras, Linha 7 Rubi.

Abaixo alguns vídeos do trem da série 1100.

Neste Vídeo podemos notar que o trem está com as sapatas travadas no rodeiro,gerando muita fumaça.

Aqui vemos um 1100 sendo rebocado por uma locomotiva a diesel.


Por muitos e muitos anos ainda veremos esta magnífica série de trens circulando na Companhia,é pioneiro no transporte de passageiros na atual linha 7, foi o primeiro trem em aço inox a circular na E.F.S.J. atual Linha 7 e 10 da CPTM e é hoje o veterano de todas as demais séries da Companhia.



Matéria: Denis Castro
Pesquisa: Wikipédia, e Blogs em geral.
Imagens: Denis Castro,Ivanir Barbosa,Fabiano Louzada,Carlos Alberto Brandão,Flávio Michelini,Sergio Martire,Vanderley Zago e Ricardo Toshima.


















segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mafersa 700 e suas fases

Mafersa 700 RFFSA STU-R.J.
Esta série de trens ganha destaque na indústria ferroviária nacional como sendo a tecnologia aplicada em material ferroviário no Brasil,a Mafersa (Material Ferroviário S.A.) começa a produzir em 1979 as primeiras unidades da série 700 para a R.F.F.S.A. (Rede Ferroviária Federal) para o sistema de subúrbios do Rio de Janeiro.
Os trens desta série originalmente possuem excelente "Torque"  (O torque é definido a partir da componente perpendicular ao eixo de rotação da força aplicada sobre um objeto que é efetivamente utilizada para fazê-lo girar em torno de um eixo ou ponto central, conhecido como ponto pivô ou ponto de rotação.).
Comando moderno e unificado com excelente aceleração,porém alguns fatores foram denominados críticos e mereceram a atenção da manutenção de trens em geral e que por muitas vezes eram responsáveis por grande número de falhas registradas em Atas de ocorrências das oficinas,umas das causas que mereciam atenção na época eram os freios,em alta velocidade não respondiam com satisfação obrigando por muitas vezes os maquinistas a aplicarem o freio auxiliar de estacionamento.
Os frisos cromáticos são além de um destaque a mais nos trens um enorme problema para as equipes de manutenção especificamente do setor de funilaria,os bancos dos salões de passageiros são semi-ergonômicos,os sistemas de portas também deixavam a desejar.
Um dos avanços visíveis nas frotas de trens desta série trata-se do engate B.S.I.


Milésimo Carro construído pela Mafersa.

O Mafersa 700 chegava ao seu milésimo Carro produzido,Este milésimo carro roda até os dias e hoje totalmente original e bem desgastado sendo este o E.R.717.


Milésimo Carro 


 Milésimo Carro aspecto interno atual.

Mafersa 717 milésimo carro.


 Embora ainda apresentando alguns problemas estes passaram a ser corrigidos no novo lote de trens desta série destinado a STU-SP pela RFFSA.
Após o processo de desestatização a Supervia incluiu no programa estadual de transportes (PET),que previa a reforma e reabilitação dos trens desta série, alguns já encontravam-se baixados.


Mafersa 700 "Coca Cola"

Reformados pela Alstom e entregues nos anos de  2000 e 2001 estes trens não receberam Ar condicionado somente em 2002 todas as unidades modernizadas receberam ar condicionado,estas unidades tiveram os engates B.S.I. substituídos pelo engate mandibular.


Aspecto  externo Mafersa 700 Supervia.

 700 pintura Supervia já com engate Mandibular.

 700 Supervia com Ar condicionado.

 Mafersa 700 no trecho entre Japeri e D.Pedro II

Aspecto interno.

Propagandas tornaram-se comum nas séries de trens da Supervia e incluiram a série 700 R.J.

Um novo arranjo cromático foi adicionado em seu interior com cores Brancas e bancos azuis,o gangway foi mantido,nas unidades com ar condicionado nas passagens entre os carros foram adicionadas portas isto para permitir a eficiência do ar condicionado em cada carro e auxiliar a manutenção.


Aspecto interno do Mafersa 700 com ar-condicionado

Detalhe das janelas substituídas e do sistema de Ar condicionado 


No Rio de Janeiro Muitas unidades foram baixadas não sendo possível precisar quantas,muitas destas já descartadas a hipótese de reforma pelo avançado estado de degradação...


 700 Baixado nas oficinas de Deodoro.

  700 Baixado nas oficinas de Deodoro.

 700 Baixado nas antigas oficinas de Engenho de Dentro este carro já foi cortado e vendido como sucata.

Alguns Carros enviados do Rio de Janeiro para São Paulo para reforma nas dependências da Alstom acabaram ficando no pátio Lapa hoje sob custódia do DENIT (Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes).


 Carro 1110 no patio da Alstom Lapa SP.

Chaci do Carro 1110
 Carro 1095 no patio da Alstom Lapa SP
 Carro Mafersa 700 Carioca sem numeração de Chaci no patio Lapa
 Carro Mafersa 700 Carioca sem numeração de Chaci no patio Lapa


A série 700 e posteriormente série 1700 em São Paulo


Série 700 CBTU SP (Obs: estes trens que rodaram no período da CBTU em São Paulo nunca rodaram com logotipos da RFFSA).

Série 700 em Caieiras SP

Em São Paulo os trens da série 700 foram adquiridos em novo lote para a RFFSA que sem licitação e em caráter emergencial começaram a ser entregues em 1987, em uma produção completamente nova os trens da série 700 torna-se top de linha nas vias da RFFSA em São Paulo trafegando inicialmente entre Jundiaí e Paranapiacaba.

Série 700 em São Paulo.

Vale observar que nenhum trem da série 700 de São Paulo circularam no Rio de Janeiro e vice e versa,e nenhum destes rodaram com logotipos da RFFSA e EBTU em São Paulo.
Nos anos 90 os trens da série 700 em São Paulo apresentam problemas sérios de freios,em 1995 ainda sob custódia da CBTU um trem da mesma série havia apresentado problemas de freios e seguiu desgovernado entre Vila Clarice e Piqueri,não houve um acidente nesta ocasião em razão das medidas tomadas com a eminencia da colisão.


 Série 700 CPTM
Série 700 CPTM

 Série 1700 na estação da Luz SP

 Série 1700 em Franco da Rocha SP.


 Série 1700 em Caieiras SP

Série 1700 em Caieiras SP

Em 1996 a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) assume a CBTU-STU-SP,e inclui em seus planos de modernização os trens desta série , projeto este executado apenas em 2001 após o acidente de trens ocorrido em Perus em 28 de Julho de 2000 que vitimaram fatalmente 9 passageiros deixando mais de 70 feridos.

Acidente na Estação Perus atual Linha 7 da CPTM

O acidente foi ocasionado pela falta de freios de um trem que ficou estacionado na estação Jaraguá e desceu desgovernado após a falta de energia por um tempo prolongado vindo a atingir outra composição da série 1100 na estação de Perus.


Série 1700 na região de Caieiras SP.

 Série 1700 em Jundiaí SP

 Série 1700 na Estação Luz SP.

Série 1700 em Francisco Morato SP.


A CPTM envia os trens  série 1700 para modernização em 2001, as reformas resultaram em, pintura interna e externa,substituição dos sistemas de freios ,trocas de rodeiros e truques,inclusão de limpa trilhos,assentos preferenciais,substituição dos painéis da cabine e novo sistema de A.T.C. incluso e desenvolvido pela Alstom.


Acompanhe alguns vídeos dos trens desta série abaixo.


Trecho entre Japeri e Paracambi. Supervia Rio de Janeiro.


Trem da Série 700 da Supervia chegando na estação D. PEDRO II R.J.

Trem da série 1700 da CPTM Chegando na estação Luz SP.

Trem da Série 1700 da CPTM na estação Caieiras SP

Trecho da CPTM a bordo da cabine do trem da série 1700 da CPTM.

Chegando em Jundiaí a bordo da Cabine do trem da Série 1700 da CPTM


Em São Paulo existem algumas unidades baixadas por falta de peças de reposição são elas 1720-1719,1723-1724,1707,1708.


 1707 Baixado na oficina da CPTM, Lapa SP

 1720 Baixado nas oficinas da CPTM na região do Bairro da LAPA SP

1724 Baixado na oficina Luz Região do Bairro da Luz em SP


Acidente recente envolvendo um trem da Série 1700 da CPTM ocorreu em 12 de Julho de 2011 quando um trem da série 7000, atingiu um trem da série 1700 que estava parado na estação Barra Funda, Linha 7 da CPTM.






 Trem série 1700 1717.

Série 1700 atingido por trem da série 7000 na estação Barra Funda.

 1717 Aguardando perícia na oficina Lapa 1 dia após o acidente.

 1717 sendo concertado na oficina de Presidente Altino da CPTM.

1717 já concertado e pronto para receber pintura e para-brisas ainda este mês retorna a circulação.


Aguardaremos os próximos capítulos para os trens desta série em São Pulo e no Rio de Janeiro,um dos melhores trens produzidos pela industria ferroviária nacional que continua firme e forte levando usuários e passageiros aos mais diversos destinos das cidades do Rio e de São Paulo.


Matéria : Denis Castro
Pesquisa Wikipédia
Fotos Denis Castro.
Algumas fotos foram extraídas do Blog de André Vasconcelos.