segunda-feira, 4 de abril de 2011

"Litorina" CPTM

Popularmente conhecida como "Litorina", o assunto de hoje é a "Automotriz" da CPTM 

Automotriz MH-946003-91F no pátio da oficina Lapa CPTM.

O Apelido das Automotrizes  "litorina" nasceu em 1937 com a chegada das Automotrizes diesel-mecânicas da Fiat para a EFCB (Estrada de Ferro Central do Brasil) que começaram a operar as rotas Rio-São Paulo e São Paulo Rio e Rio - Belo Horizonte,em 1958 chegam ao Brasil provenientes da The Budd Company (indústria Americana especializada na fabricação de Vagões e Carros de passageiros) as primeiras automotrizes em aço inox, encomendadas pela R.F.F.S.A. (Rede Ferroviária Federal S/A) , o apelido de Litorina foi mantido para os  carros da Budd e até mesmo publicado em propagandas oficiais.
Apelidos geralmente surgem para facilitar a maneira de reconhecer determinado objeto,pessoas, enfim,e em muitos lugares eram também conhecidas como "Motriz" ou "Motrizes"


Numeração RFFSA Pós Sigo MH 946003-91F

 A automotriz M552 MODELO RDC-1 atual CPTM 1 foi fabricada em agosto de 1962 e por quase 10 anos ficou estacionada no patio da  região da Luz São Paulo,e posteriormente repassada pelo Dnit a CPTM que decidiu reforma-la.


     Estacionada no pátio Lapa da CPTM.

Este modelo possui uma cozinha tipo "Buffet"em uma das extremidades,essa cozinha anulou um vestíbulo,mantendo apenas a porta de passagem sobre o engate e o pára-brisas da cabine do maquinista,o que fez surgir o apelido de  "Caolha".
 Já a outra extremidade possui a cabine número 2 e um pequeno espaço para bagagens e outros objetos.


Eis que em 2010 a Automotriz é levada até as oficinas de Presidente Altino pela CPTM, a empresa MGE inicia os trabalhos de reforma da Automotriz.

Oficina de Presidente Altino.
Suspensa na oficina de Presidente Altino.
A antiga inscrição.
Peças novas para a Automotriz.
 Reforma geral incluiu espaço e acomodações.

Detalhes da reforma.
Após meses de trabalho a MGE conclui parte da reforma da Automotriz e a CPTM realiza então uma apresentação da Automotriz na Estação da Luz em Dezembro do mesmo ano.
Sem motor a Automotriz seguiu rebocada até a aestação Luz para apresentação ao ex-Secretário de transportes,e ao ex - Presidente da CPTM Sergio Avelleda.


Placa da Automotriz indicando a revisão Geral e modernização pela MGE.

Estacionada na Plataforma 4 da estação Luz

 Salão de Passageiros.

É possível notar mais a frente a divisória onde estão embutidos dutos de refrigeração e da chaminé.

Poltronas do Salão de Passageiros.

Sala de reunião que pode ser modificada para acomodação de poltronas.

TV a disposição na sala de reunião.

Cozinha em aço inox.

Cozinha em aço inox.

Sanitário Feminino

Sanitário Masculino.

Cabine do maquinista n° 2

Cabine do maquinista n° 1
Domo ou corcova com radiadores para resfriamento,ele possui 2 ventiladores e a chaminé do escapamento dos motores.


Os Projetos da CPTM para a Automotriz.

A CPTM pretende implantar um novo conceito em transportes turísticos com roteiros bem variados,alguns deles em especial com pacotes diferenciados e são eles,o expresso turístico para Campos do Jordão e Aparecida SP.
Inicialmente a Automotriz irá trafegar nos roteiros já existentes como o roteiro até Jundiaí e Paranapiacaba,a implantação dos demais roteiros é imprevisto em razão da malha que liga as cidades de São Paulo,Campos do Jordão e Aparecida ,são concessionados a MRS Logística S/A que opera exclusivamente trens de carga,os acordos com a concessionária estão caminhando para uma definição resta a nós simples futuros passageiros aguardar,minha satisfação está no trabalho até então executado,muitos foram os críticos que acharam um absurdo a reforma em razão de mudar a originalidade do modelo,um passo importante foi a preservação,algumas entidades de preservação já possuem modelos idênticos ao modelo da CPTM, como a Serra Verde Express,e OSCIP.
A CPTM não definiu a primeira viagem operacional desta Automotriz que já encontra-se totalmente pronta e aguardando liberação da ANTT.


Texto e Adaptação: Denis Castro.

Imagens: Denis Castro.








quinta-feira, 31 de março de 2011

A Estação de Jundiaí Paulista



A estação de Jundiaí Paulista foi construida a cerca de 800 metros da estação da S.P.R. (São Paulo Railway)e foi inaugurada em 01/04/1898,apenas para embarque e desembarque de passageiros da C.P.E.F. (Companhia Paulista de Estradas de Ferro),anos mais tarde , a estação de Jundiaí da S.P.R. passou a receber os trens da Companhia Paulista permitindo assim a baldeação desativando a estação de Jundiaí Paulista em Janeiro de 1907, devido ao aumento do tráfego de trens ou a problemas relacionados a outros fatores na estação da S.P.R.,fazia-se por necessário em algumas vezes com que o desembarque ou até mesmo embarque fosse feito na Pequena estação que contava com duas plataformas.

Pátio da estação época da fepasa Autor: desconhecido Acervo:Denis Castro

Estação de Jundiaí Paulista foto: Denis Castro

Estação de Jundiaí Paulista.Foto:Denis Castro


Embora a maioria dos trens de passageiros apenas passavam direto por ali, alguns paravam rapidamente para embarque e desembarque de funcionários das oficinas da Companhia Paulista e posteriormente fepasa que trabalhavam por lá,oficina essa que ficava bem próximo da estação.

Bilheteria da Estação. Foto : Denis Castro

Parte da estrutura ameaça cair.foto: Denis Castro

No pátio de triagem de locomotivas para manutenção 2 fatos idênticos fizeram de vítima a pequena estação,o primeiro caso foi o da locomotiva GE 2-D+D-2 conhecida como "Russa" , que , sem freio desceu do pátio das oficinas até a via que dava acesso a via principal,mas por razões óbvias o chaveamento da via estava sempre para o "chicote" que terminava na própria estação,a locomotiva sem freio atingiu o prédio da estação,danificando boa parte da estrutura, e anos mais tarde,mesmo caso repetiu-se com uma locomotiva alemã já na era Fepasa (Ferrovia Paulista S/A), além de danificar novamente a estrutura da estação ainda prensou um Volkswagen (fusca) pertencente a um morador das proximidades que deixava o carro abrigado na estação.


No detalhe o para-choques do "fusquinha" Acervo: Denis Castro

Acidente envolvendo Locomotiva na estação. Acervo: Denis Castro


Hoje a estação é vítima de outro fator, o abandono, isso em partes,hoje ela poderia estar pior se não fosse por um grande amigo que fiz ao visitar a estação pela primeira vez em 2005,o Sr. Wilson,ele toma conta da estação a mais de 15 anos, evitou por muitas vezes a invasão de moradores de rua e usuários de Drogas da região,infelizmente muito debilitado nos dias de hoje, não pôde fazer nada mais para evitar a invasão do porão da cabine de chaves da estação,o invasor é um rapaz que vive ofendendo e ameaçando o pobre Sr. Wilson,que vive praticamente sem nenhuma defesa e conta apenas com a companhia de um cachorro vira-latas que é muito mais que um companheiro,é também aquele que alerta ao velho Sr. Wilson da passagem de pessoas estranhas nas proximidades e até mesmo na via.



A Cabine de sinalização e chaves de Jundiaí Paulista.


É uma das mais preservadas remanescentes da época da Companhia Paulista de Estradas de Ferro,localizada bem a frente da estação ,comandava manobras de trens sentido São Paulo e interior e pátio das oficinas de Jundiaí,hoje está trancada,mas já teve o porão invadido recentemente como relatei anteriormente.

Cabine de Jundiaí Paulista. Foto: Denis Castro

No varal,as roupas dependuradas indicam a presença de pessoas presentes no local.
Foto: Denis Castro


Tanto a Cabine quanto a estação necessitam rapidamente de um restauro a fim de preservar algo que o Iphan (Institudo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) não incluiram no processo de tombamento histórico, e esta reforma não sai porque os imóveis pertencem a R.F.F.S.A. (Rede Ferroviária Federal) que está em processo de inventariança com apoio do DENIT (Departamento de Infraestrutura de Transportes).
A prefeitura de Jundiaí tomou ciência da estação na administração anterior por acaso , quando um grupo de ferreomodelistas da região, solicitou apropriação para sede do Grupo,por incrível que pareça , a prefeitura da cidade de Jundiaí herdou todo o complexo incluindo oficinas e pátios,não incluindo a velha estação, que segundo a prefeitura (apontou após levantamentos), a estação era pertencente extinta ferroban (Ferrovias Bandeirantes S/A), que arrematou grande parte da malha ferroviária no estado de São Paulo no processo de privatização,o que de fato também não ocorreu e o imóvel na verdade sempre pertenceu a R.F.F.S.A. e não incluiu no repasse da estação a Cidade de Jundiaí juntamente com o complexo fepasa por falta de interesse na realidade.


Pesquisa: Denis Castro


Texto: Denis Castro 2011.

terça-feira, 29 de março de 2011

Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro Jundiaí - SP

O Museu Ferroviário Barão de Mauá foi inaugurado em 9 de março de 1979 e está localizado em Jundiaí, São Paulo. Possui em seu acervo réplicas de locomotivas a vapor, da sala do chefe de estação e até da sala de espera para senhoras, além de maquetes de ferreomodelismo...

Fachada do Museu - Entrada Principal

Sua primeira denominação foi uma justa homenagem ao pioneiro do transporte ferroviário no Brasil, Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá). No entanto, após seu restauro, foi aberto com novas bases museológicas, em 14 de maio de 1995, denominando-se Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

Pátio do Museu

Instalado em um centenário edifício de tijolos aparentes com dois andares e cerca de 1.500 que, por si só, já é uma obra de grande interesse histórico por lembrar as típicas construções ferroviárias, o museu desenvolve um trabalho de resgate da memória ferroviária, enfocando a sua importância no desenvolvimento da economia e progresso da lavouracafeeira no estado de São Paulo.

Pátio do Museu.

No complexo fepasa assim denominado estão instalados Órgãos Estaduais e Municipais como a Fatec (Faculdade de tecnologia) e Poupa Tempo.

Acesso Fatec (Faculdade de Tecnologia)


Homenagem da Fepasa á Companhia Paulista de estradas de Ferro.


O museu conta com um acervo de aproximadamente três mil peças divididas em quatro salas conforme descrito abaixo.



1°-Sala do Conselheiro Joaquim Saldanha Marinho (fundador da Companhia Paulista).


Primeira sala que o visitante tem acesso.


Réplica da Sala do Chefe de estação.


Miniatura de Locomotiva a vapor,fabricada no ano de 1926 nas oficinas da CPEF.

Bilheteria.
Entre esses objetos podemos encontrar,ainda a réplica da sala de espera para senhoras,aparelhos de comunicação, telégrafos,relógio de ponto, aparelho de mudança de via, staff elétrico, lampiões de sinalização e outros.

2° - Sala Engenheiro Francisco Paes Leme de Monlevade (pioneiro da eletrificação da Companhia Paulista)


Nesta Sala Podemos encontrar:


Troley de Linha Utilizado na Inspeção da Via.

Miniatura da Locomotiva N° 74

Sala Destacando o interior dos Carros de Passageiros


Ainda nesta sala encontramos
balanças, faróis de locomotivas, lampiões e carrinhos de bagagem entre outros objetos.

3°- Sala Jayme de Ulchôa Cintra (Diretor-Presidente)



Nesta Sala podemos encontrar:

Painel Indicativo da Sala.


Placa da Homenagem feita pela companhia ao Engenheiro.


Foto de Locomotiva a Vapor.


Móveis e Mobiliários da Diretoria da Companhia.

Bandeira da Companhia.

Entre estes outros objetos bem interessantes como livro de acionistas datado de 1894, tela a óleo de Jayme de Ulhôa Cintra , busto de bronze de Adolpho Augusto Pinto, primeiro chefe do escritório central da Cia. Paulista, tela histórica a óleo da chegada do primeiro trem em Campinas SP em 11 de Agosto de 1872.

4° - Sala Conselheiro Antônio da Silva Prado (Diretor-Presidente)

Aqui, podemos encontrar a origem da Fepasa Ferrovia Paulista S.A., maquete da ponte rodo-ferroviária inaugurada em 29 de maio de 1998, interligando os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (utilizada pela Ferronorte) e miniaturas de locomotivas e vagões.



Miniatura de Carro da Fepasa

Maquete de Ferreomodelismo (atualmente desativada)


Antigas Oficinas (Não aberto a visitação) e Pátio do Museu.


Locomotiva N°1 da CPEF


Locomotiva elétrica desativada nos tempos da Fepasa

O museu é administrado e mantido pela Prefeitura de Jundiaí tendo como diretora do complexo fepasa a Sra. Karin Bizzaro.

Sobre visitação.

O Museu é aberto de Segunda á Sexta das 09:00 ás 12:00, e das 13:00 as 17:00 aos Sábados das 09:00 ás 17:00 sem intervalos ,Aos Domingos o Museu abre as 09:00 da manhã e fecha as 13:00. a entrada é Franca.

Atendimento ao público em geral; escolas públicas estaduais e municipais e particulares, universidades, faculdades e grupos de turismo.

O museu fica localizado na Avenida União dos Ferroviários N°1760.Telefone: (0_11) 4522-4727


Grupo de pessoas visitando o museu,organize seu grupo e conheça a história da ferrovia no país do apogeu ao estado atual..

Trem turístico parte todos os Sábados da Estação da Luz sentido á Jundiaí , informações sobre o roteiro do trem consulte no site da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos www.cptm.sp.gov.br

Muito Obrigado pela visita em meu Blog.

Denis Castro.


Imagens: Denis Castro

Edição de texto: Denis Castro.

Fonte de pesquisa: Wikipedia.