quarta-feira, 18 de maio de 2011

MRS Operação em Humberto Antunes "Desengate de locomotivas de auxílio de cauda com o trem em movimento".

Para aumentar a capacidade de transporte da Ferrovia do Aço, a MRS adotou um sistema de desengate em movimento das locomotivas de auxílio, eliminando os tempos de manobra e de cruzamento gerados por essas locomotivas que retornam no sentido contrário.


Trem de minério de Ferro.

Locomotivas no auxílio de cauda do trem de minério de Ferro.

Desengate com o trem em movimento.


Os trens de minério de ferro recebem a ajuda de três locomotivas de auxílio para subir o trecho de 20 km de aclive entre Barra do Piraí e Mendes, no Estado do Rio de Janeiro. Para ganhar tempo na operação, o desengate das locomotivas auxiliares é feito com o trem em movimento, o que reduz em pelo menos 15 minutos a operação na comparação com o trem parado. Cerca de 20 trens de minério passam por dia pelo pátio de Barra do Piraí e a medida adotada adiciona cerca de 5h diárias de capacidade ao sistema.

Retorno das três Locomotivas do auxílio de cauda.

Atualmente, ao voltar, depois de vencida a rampa, as locomotivas de auxílio cruzam com outros trens, atrapalhando o tráfego. O projeto da MRS é incorporá-las permanentemente ao trem tipo – que ficará com 134 vagões e quatro locomotivas, duas na cabeça e duas no meio, comandadas por locotrol -- fazendo todo o tráfego da Ferrovia do Aço fluir sempre na mesma direção: da mina para o porto. Os trens vazios continuam subindo para a mina pela antiga Linha do Centro, num sistema de carrossel.
Trem de Minério de passagem por Humberto Antunes na antiga linha do Centro.


Só que para fazer isso a MRS vai precisar de muito mais locomotivas. Todos os trens de minério, que operam com duas locomotivas, vão passar a operar com quatro, sendo que duas vão ficar desligadas ou em idle (ponto morto) boa parte do tempo. A aquisição de 150 locomotivas AC da GE, com opção para mais 100, anunciada durante a Innotrans, em setembro de 2010, foi o primeiro passo.

 Tunel 12 Lado Pátio de Humberto Antunes.

.O da direita é o túnel original, construído entre junho de 1858 e 30/06/1864 com 2.233 m de extensão. O da esquerda é o túnel 12 Bis (2.245 m) inaugurado em 1914 com a duplicação da linha entre Japeri e Barra do Piraí. O túnel 12 também é conhecido como Túnel Grande.





 Túnel 12 Lado Paulo de Frontin

A Ferrovia do Aço foi assentada em uma cadeia montanhosa, que chega a 1.123 metros no ponto culminante, com 70 túneis e 92 pontes, e o relevo impossibilita a duplicação da linha. As cargas que passam vêm de Minas Gerais e São Paulo, com destino aos portos de Guaíba, Itaguaí e Sepetiba, no Rio.
 
Visão da cabine da locomotiva do trecho da linha do centro.
 
 
Vídeo da operação.
 
 
 
 
Matéria: Revista Ferroviária.
 
Fotos: Denis Castro.

sábado, 14 de maio de 2011

São Paulo TREM Jeito: São Roque (SP) quer implantar dois trens turístico...

São Paulo TREM Jeito: São Roque (SP) quer implantar dois trens turístico...: "São Roque - SP O prefeito Efaneu Nolasco Godinho (São Roque – SP) , junto ao chefe da Divisão de Turismo, Sandro Cobello , o gerent..."

Trem Turístico já está em São Roque...

9/1/2010 - São Roque - SP

Trem Turístico já está em São Roque e pode começar a rodar ainda este ano

da Redação
Chegou nesta sexta-feira, 8, em São Roque, a locomotiva comprada pela Prefeitura para puxar o tão comentado trem turístico da cidade.
A Maria Fumaça, comprada em novembro de 2009, custou cerca de R$ 400 mil à Prefeitura, que usou para tanto verba destinada ao turismo, reservada a tal compra.
Guia São Roque foi o primeiro a confirmar, num furo de reportagem, que a Prefeiutra havia efetuado a compra da Maria Fumaça, sendo ainda o primeiro a trazer detalhes sobre o projeto.
A notícia tem o recorde de comentários deste site, com muitas pessoas favoráveis à compra e outras criticando tal aquisição da Prefeitura.
Em 1987, o Trem Turístico fez parte do projeto para elevação de São Roque à Estância Turística, e agora permitirá  que a cidade chegue mais proximamente desta realidade, já que este era um dos tópicos orientados pela Secretaria de Turismo de Lazer do Estado de São Paulo.
De acordo com o chefe da Divisão de Turismo, Sandro Cobello, o projeto prevê que o Trem Turístico comece a funcionar no segundo semestre de 2010.
Já na primeira gestão do prefeito Efaneu Nolasco Godinho, o projeto do trem estava no planejamento para o desenvolvimento turístico. Após levantamentos e estudos, a primeira fase do projeto está acontecendo com a compra da locomotiva, e posteriormente com a compra também dos dois carros de passageiros.
O próximo passo será a reforma das estações de São Roque e Canguera, atendendo ao percurso que será: Estação Central/ Estação de Mairinque/ Estação de Canguera.
Segundo Cobello, em comparação a outras cidades, onde já existe o Trem Turístico, como Jaguariúna, Tiradentes e Bento Gonçalves, não só houve o aumento do fluxo de turistas, como também a geração de muitos empregos para atender o projeto.
Com o apoio do deputado estadual João Caramez (PSDB), São Roque pleiteia junto à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, o Expresso Turístico, programa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, cujo roteiro tem como objetivo divulgar o turismo dos municípios que estão na rota da ferrovia.
O Expresso sairia de São Paulo pela linha Diamante (Júlio Prestes/Amador Bueno) e seguiria até São Roque exclusivamente para o percurso turístico previamente elaborado a fim de explorar três tipos de circuito: do vinho, ecológico e cultural.
 

domingo, 8 de maio de 2011

Alstom Entrega novo trem ao Metrô de São Paulo o L27.

São Paulo, dia 04/05/2011 a indústria de tecnologia em transportes Alstom finaliza a reforma de mais um trem do Metrô linha 3 vermelha e prepara nos dias 05 e 06 o translado desta composição modernizada em seu pátio na região da Lapa São Paulo.

 Alstom 04/05/2011
Alstom 04/05/201 
                                     
O Translado ocorreu no dia 07 de Maio de 2011 as 00:47

     Pátio Lapa CPTM locomotiva Alco RS3-6008


 Adaptador de Engate para o reboque do trem do Metrô.

     Detalhe do adaptador de engate.

  Numeração do trem modernizado L27

   Truque Pionner

Painel Dinâmico e sistema de Ar condicionado.

Modificações no Farol e luz de classificação.

Locomotiva Alco RS3 Estação Lapa , Linha 7 da CPTM.

Comboio de Passagem pela estação Lapa da CPTM 

Locomotiva U20C CPTM na Cauda do trem do Metrô

Sobre a Reforma.

Entre as modernizações realizadas pela IESA e Alstom estão: colocação de sistema de ar condicionado com reforço na estrutura do carro de passageiro; troca do sistema de tração (contínua para alternada), trazendo melhor desempenho e economia de energia; modernização e revisão geral dos truques para receber novo sistema de tração; troca da alimentação elétrica auxiliar do trem, com instalação de novos conversores; implantação de um sistema de televisão para uso interno nos carros de passageiros; colocação de um sistema de proteção contra incêndios; e modernização do sistema de portas e suprimento de ar.(revista ferroviária)


Abaixo o vídeo da passagem do Comboio pela Estação Lapa.


Na mesma noite um novo trem também foi entregue para a linha 7 da CPTM, é mais um trem novo da série 7000 é o 7153-7154/7155-7156 "Q39".

Abaixo vídeo da chegada do novo trem da CPTM no pátio Lapa.



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Da Revista Ferroviária!!!

Artigo: E o Trem da Serra, sai ou não sai?
04/05/2011 - O Globo
*Antonio Pastori é mestre em Economia, ex-gerente do Departamento de Transportes e Logística do BNDES e presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF)
No último dia 30 de abril, foi comemorado o 157º aniversário da inauguração da primeira ferrovia do Brasil, a Estrada de Ferro Petrópolis, mais conhecida por E. F. Mauá, em homenagem ao seu idealizador, o Barão de Mauá.
O começo das nossas ferrovias integrava vários tipos de modais. O quilômetro zero começava em um pequeno píer em Guia de Pacobaíba, Magé (RJ). Os passageiros chegavam de barco a vapor após a travessia de uma hora pela límpida Baía de Guanabara, partindo do Cais da Prainha (hoje, Praça Mauá, no Centro do Rio). Em seguida, embarcavam no trem para uma viagem de 25 minutos para chegar ao quilômetro 14,5, bem perto da Raiz da Serra de Petrópolis, para onde o imperador, a corte e as elites fugiam do escaldante verão carioca. A etapa seguinte era vencer o paredão de 800 metros entre a Raiz e Petrópolis. Por isso, o deslocamento consumia mais duas horas de subida pela bela, sinuosa e "moderna" Estrada Normal da Serra da Estrela, valendo-se de um terceiro modal, movido à tração animal. Todo esse deslocamento, que combinava três modais, durava 3h30, lembrando que estamos falando da segunda metade do século XIX.
Passados 29 anos da inauguração desse novo modal em terras brasileiras, a viagem foi reduzida para duas horas graças à tecnologia da tração por cremalheira, levando o trem até Petrópolis. Os trens a vapor venciam facilmente paredão da Serra da Estrela em meia hora, permitindo que os passageiros economizassem uma hora e meia no deslocamento total.
Em 1926, com a inauguração da pomposa, mas abandonada, estação da Leopoldina Railway na Av. Francisco Bicalho, na região central do Rio, os passageiros iam direto até Petrópolis com uma rápida baldeação na Raiz da Serra, fazendo o percurso de 55 quilômetros em 1h45m com extrema pontualidade e segurança, sendo a travessia de barca erroneamente abandonada.
 "O modal ferroviário não vai resolver esse problema, é verdade, mas pode ajudar a minimizar, disciplinar e ordenar o espaço urbano, além de poluir bem menos. As autoridades deveriam olhar com mais atenção alternativas de combinação eficiente de modais para escapar das custosas armadilhas urbanas das grandes obras viárias."
Infelizmente, em 1964 o trecho ferroviário de seis quilômentros entre Raiz da Serra-Petrópolis foi erradicado (a exemplo de milhares de outros). A viagem até o centro do Rio passou a ser feita exclusivamente por via rodoviária, durando entre uma hora (automóvel) e 1h30 (ônibus). Contudo, aos poucos veio surgindo o alongamento do tempo da viagem devido ao engrossamento do fluxo de veículos nesse eixo, implicando que o deslocamento durasse, seguramente, mais de duas horas nos horários de pico, extrapolando conforme o dia ou o tipo de contumaz acidente na BR-040.
Quer como espectadores, quer como personagens, a verdade é que não dá mais para ficarmos reféns do modal rodoviário, compactuando silenciosamente com o massacre diário de 160 vítimas fatais no trânsito , o que equivale à queda de um Airbus todo dia. O modal ferroviário não vai resolver esse problema, é verdade, mas pode ajudar a minimizar, disciplinar e ordenar o espaço urbano, além de poluir bem menos. As autoridades deveriam olhar com mais atenção alternativas de combinação eficiente de modais para escapar das custosas armadilhas urbanas das grandes obras viárias. Um exemplo: para se restabelecer a ligação ferroviária Rio-Petrópolis - superada a complexa liturgia licitatória de praxe -, precisamos somente reinstalar seis quilômetros de trilhos no antigo leito na serra, pôr para rodar alguns modernos trens elétricos e fazer ajustes operacionais com a Supervia, que detém o direito de uso dos 49 quilômetros restantes, entre Raiz da Serra e o Centro do Rio. A previsão é que a viagem poderia ser feita em 1h30m, praticamente o mesmo tempo na época do vapor. Detalhe: isso tudo custa somente 0,2% do Trem de Alta Velocidade (TAV).
Estamos há mais de cinco anos lutando pela reativação dessa ferrovia. Até o governador Sérgio Cabral sensibilizou-se com esse projeto sancionando a Lei 5.791/10, que considera a reativação do trem Rio-Petrópolis como de relevante interesse econômico e turístico para o nosso estado. Contudo, os leitores não imaginam como está sendo difícil tentar instalar uns míseros seis quilômetros de trilhos na Serra. Por isso, morro de inveja de Mauá, que há mais de 150 anos, sem nenhuma ajuda do governo, instalou os primeiros quilômetros de trilhos do Brasil por sua conta e risco.




sexta-feira, 29 de abril de 2011



A primeira estrada de ferro do Brasil foi a Estrada de Ferro Petrópolis, inaugurada em 30 de abril de 1854. Era conhecida também como Estrada de Ferro Mauá, já que foi construída graças ao patrocínio do Barão de Mauá na empreitada: ligar a Praia da Estrela, na Baía da Guanabara, à raiz da Serra de Petrópolis. Já a primeira locomotiva do Brasil a número 1, trazida da Inglaterra, era homenagem à esposa do Barão de Mauá. Chamava-se "Baroneza" (com 'z' mesmo, por causa da grafia antiga).





                                                                                                Locomotiva "Baroneza"


  A primeira Estação Ferroviária "GUIA DE PACOBAÍBA".


               Estação de Guia de Pacobaíba, ainda com trilhos. É a primeira Estação Ferroviária do País.                             

Sobre a Estação.



A ESTAÇÃO: "Em 30 de abril de 1854 foi solenemente inaugurado o tráfego da 1ª secção dessa estrada, a primeira que se construiu no Brasil e na América do Sul, na extensão de 14,500 km compreendendo as estações de Mauá (porto de mar), Inhomirim e parada provisória do Fragoso. Ao ato da inauguração compareceu Sua Majestade o Imperador D. Pedro II, a quem o Comendador Irineu Evangelista de Souza dirigiu as seguintes palavras, que são valiosas para a documentação histórica da viação férrea brasileira: 'Senhor. A diretoria da Companhia Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis vem render graças a VV.MM. pela honra que se dignaram conferir á estrada, vindo assistir a solenidade de sua inauguração. Vinte meses são apenas contados desde que VV.MM. honraram com as suas augustas presenças o primeiro acampamento dos operários da companhia; coube-me então a distinta honra de depositar nas mãos de V.M. um humilde instrumento de trabalho, do qual V.M. não se desdenhou de fazer uso, como para mostrar aos seus súditos que o trabalho, essa fonte perene da prosperidade pública, era não só digno da sua alta proteção, porém mesmo de tão extraordinária honra! Esse exemplo, Senhor, não foi perdido; ele fez vibrar em nossos corações o entusiasmo, e o entusiasmo é esse sentimento um tanto indefinível, porém que, uma vez despertado em corações generosos, não ha mais sacrifício de que não sejam capazes, mas ha mais obstáculos que não saibam vencer! Hoje dignam-se VV.MM. de vir ver correr a locomotiva veloz, cujo sibilo agudo ecoará nas matas do Brasil - prosperidade e civilização - e marcará sem dúvida uma nova era no país. Seja-me permitido, Imperial Senhor, exprimir nesta ocasião solene um dos mais ardentes anelos do meu coração: esta estrada de ferro que se abre hoje ao trânsito público é apenas o primeiro passo na realização de um pensamento grandioso. Esta estrada, Senhor, não deve parar, e si puder contar com a proteção de V.M. seguramente não parará mais senão quando tiver assentado a. mais espaçosa de suas estações na margem esquerda do Rio das Velhas. Ali se aglomerará para ser transportado ao grande mercado da Corte a enorme massa de produção com que devem concorrer para a riqueza pública os terrenos banhados por essa imensa artéria fluvial, o rio de S. Francisco e os seus inúmeros tributários. É então, Senhor, que a majestosa baía, cujas águas beijam com respeito as praias da capital do Império, verá surgir em seu vasto e abrigado ancoradouro navios sem conta. É então, Senhor, que o Rio de Janeiro será um centro de comércio, industria, riqueza, civilização e força, que nada tenha que invejar a ponto algum do mundo! Uma proteção eficaz aos primeiros passos deste meio de locomoção admirável, que tem contribuído poderosamente para a prosperidade e grandeza de outros povos, fará com que seja uma realidade, e porventura em época não mui distante, esta visão que me preocupa. Dignai-vos, Imperial Senhor, de acolher os ardentes votos que faz a diretoria da companhia que leva a efeito no Brasil a primeira estrada de ferro,pela glória do reinado de Vossa Majestade, pela ventura da augusta família imperial e pela prosperidade da grande Nação, cujos destinos se acham confiados a alta sabedoria e paternal solicitude de Vossa Majestade." Do seguinte modo respondeu o Imperador: 'A diretoria da Estrada de Ferro de Mauá pode estar certa de que não é menor o meu júbilo ao tomar parte no começo de uma empresa que tanto há de animar o comércio, as artes e as indústrias do Império.'" (do livro Resumo Histórico da Leopoldina Railway, de Edmundo Siqueira, 1938) A estação de Mauá, a mais antiga do Brasil, foi quem deu o título a Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá. Era o nome do velho porto que ali ficava há incontáveis anos, no "fundo" da baía da Guanabara, na freguesia de Guia, no município de Estrella, mais tarde Magé. Como conta o historiador Jorge Caldeira, a nobreza da época, que não se afinava com Irineu, fazia piadas com o título que veio agraciá-lo: "se é para o Irineu, algo de mau... há". O nome de Companhia Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis citado no discurso acima do futuro Barão de Mauá em 1854 vem do fato de a estrada pretender subir a serra para Petrópolis - fato que somente aconteceu em 1883, mas por iniciativa da E. F. Príncipe do Grão Pará, que cinco anos depois assumiu a antiga linha de Mauá, e que o serviço realmente começava no porto da estação da Prainha, naPraça Mauá, no Rio de Janeiro, transportando por barco pela baía os passageiros para a ferrovia, que desembarcavam no porto e subiam no trem. Como a estação de Piabetá foi ligada mais tarde ao Rio de Janeiro por linha férrea da Leopoldina, o transporte pela baía foi sendo cada vez menos utilizado, consequentemente deixando com pouco movimento a estação e o porto de Mauá. Em 1926, "A Leopoldina desativa, em Guia de Pacobaíba, a integração barco-trem na ligação Rio de Janeiro - Petrópolis, que passa a ser efeutada diretamente em trem, após a inauguração da nova estação terminal de Barão de Mauá em São Cristovão, no dia 26 de novembro. A estação de Guia de Pacobaíba passa a ser atendida apenas por trem local. No dia 2 de novembro (de 1926), início da operação da linha do Rosário da Estrada de Ferro Leopoldina com 39 km de extensão, no fundo da baía de Guanabara, entre Rosário e Porto das Caixas, passando por Magé e Visconde de Itaboraí. A nova linha possibilita a ligação direta entre as cidades do Rio de Janeiro e Vitória, desativando a travessia marítima o Rio de Janeiro e Niterói. A linha não foi construída antes devido às dificuldades de construção sobre imensa área alagadiça entre Magé e Visconde de Itaboraí" (Marcelo Almirante). Em 1945, o nome da estação histórica foi alterado para Guia de Pacobaíba, vindo da antiga freguesia. O prédio que hoje ali está não é o mesmo da inauguração em 1854; segundo EugênioSciammarella, o prédio atual foi construído em 1896, quando se substituiu o porto de madeira pelo de ferro. Em 19 de dezembro de 1962, o serviço de passageiros no trecho Bongaba-Guia de Pacobaíba foi extinto. A estação e a linha foram abandonadas e, embora tombadas pelo Patrimônio Histórico, permanecem no descaso. "Esta estrada deve ser para os brasileiros uma empresa venerada; ela simboliza o alfa de nossa via-férrea; aí sentiu pela primeira vez o solo da pátria o rodar da locomotiva" (Do livro As Estradas de Ferro no Brasil, do Eng. F. P. Passos, 1879). A estação foi recuperada (pela enésima vez) para as festividades de 30/5/2004, nos 150 anos da ferrovia no Brasil. Um ano depois, em 05/2005, já estava ao Deus-dará. O girador, em janeiro de 2010, estava ali, mas no seu fosso, muito mato, água parada e mosquitos. Em 30 de abril de 2010, novamente a estação foi restaurada e uma locomotiva a vapor colocada como "enfeite". Em setembro, a locomotiva havia sido depredada e removida, assim como os fios elétricos do prédio haviam sido roubados.
(Fontes: Eduardo P. Moreira; Marcelo Almirante; Alexandre Fernandes Costa, 2005; Alfredo F. Rodrigues; Marc Ferrez; Nicholas Burmann; Eng. F. P. Passos: As Estradas de Ferro no Brasil, 1879; Revista Refesa, 1974; O Estado de S. Paulo, 2002; Jorge Caldeira: Mauá, Um Estadista no Império, 1995; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina Railway, 1938; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)


Porto de Mauá.


a estação sem data.

A estação em 2005 foto Alexandre Costa

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Placa que deverá ser colocada por membros da A.F.P.F. Associação Fluminense de Preservação Ferroviária na estação em 30 de Abril de 2011 em comemoração ao dia do ferroviário.





               Sobre o Barão de Mauá.



                                        Irineu Evangelista de Souza
Barão de Mauá também conhecido como Visconde de Mauá foi um importante industrial, banqueiro e político brasileiro do século XIX. Recebeu o título de Barão no ano de 1854 e Visconde de Mauá em 1874.
Barão de Mauá nasceu na cidade de Arroio Grande (Rio Grande do Sul) em 28 de dezembro de 1813 e faleceu na cidade de Petrópolis (Rio de Janeiro) em 21 de outubro de 1889 aos 75 anos de idade.
- Empreendeu a construção da primeira ferrovia brasileira. Construída no Estado do Rio de Janeiro ganhou o nome de Estrada de Ferro Mauá.
- Fundação da Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro.
- Fundação da Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas.
- Deputado Federal pela província do Rio Grande do Sul com mandato entre os anos de 1856 e 1875.
Frase
- "O melhor programa econômico de governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem"



A todos os trabalhadores ferroviários diretos e indiretos um Feliz Dia do Ferroviário.

São os Sinceros votos de Denis Castro

Fonte de pesquisa: Site Estações Ferroviárias www.estacoesferroviarias.com.br



quarta-feira, 13 de abril de 2011

STM aponta desafios para trem regional da CPTM

Jornal Cruzeiro do Sul

A necessidade de alterar mais de 230 curvas para reduzir a sinuosidade que impõe limites à velocidade, custosas desapropriações, trechos que exigem corte e aterro, inclusive em rocha, que provocarão grandes movimentações de terra para a ampliação da faixa ferroviária; instalações de vias junto às várzeas e córregos que sofrem inundações e assoreamentos, transposição na capital do rio e marginal Pinheiros, além da limitação na velocidade ao compartilhar a área com trens metropolitanos. Essa é apenas uma parte dos problemas que precisarão ser sanados para a instalação do trem de passageiros para ligar Sorocaba a São Paulo. O atual governo do Estado, liderado por Geraldo Alckmin (PSDB), quer fazer dos trens regionais a marca da sua administração.

As questões a serem resolvidas foram apontadas por um levantamento da própria Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos (STM) e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Elas constam no caderno “Ligações ferroviárias regionais: considerações preliminares e de diretrizes”, disponível para consulta no site da STM. O passo seguinte após o levantamento que consta no caderno é a contratação de uma empresa por cerca de R$ 1 milhão para elaborar, no prazo aproximado de um ano, os estudos de viabilidade técnica, operacional e ambiental de inserção urbana e projeto funcional. O edital para tal contratação foi publicado em outubro do ano passado. Quando o estudo estiver pronto, a STM e a CPTM definirão os traçados e outras características que considerar viáveis, técnica e economicamente.

Segundo a STM, a linha Sorocaba-São Paulo também será utilizada por passageiros de Mairinque, São Roque, Alumínio, Votorantim, Itu e Salto. Conforto e regularidade na prestação desse serviço são apenas duas das condições consideradas indispensáveis para atrair usuários para o serviço. O levantamento aponta a necessidade de adotar soluções em trechos junto às várzeas de rios e córregos que ainda sofrem inundações e assoreamentos, provocados pelo rápido acúmulo de águas, não drenadas e não absorvidas adequadamente nas áreas urbanas, muito impermeabilizadas.

Sorocaba em 2º plano?Em reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, na última segunda-feira, dia 10, o novo secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, declarou que se fracassar a licitação do governo federal para o trem-bala que ligará São José dos Campos a Capital e Campinas a Capital, o governo do estado vai implantar tais itinerários com um trem de 180 km/h. Já, se houver avanço do trem-bala, vai priorizar os eixos entre São Paulo, Santos e Sorocaba como complementos. Na própria segunda-feira, o Cruzeiro do Sul questionou a STM como ficaria a prioridade para Sorocaba se não houver avanço do trem-bala do Governo Federal. A resposta foi que o secretário não poderia atender e nem pela assessoria de imprensa essa questão específica foi respondida. “O que sonho como marca do Geraldo? A volta dos trens regionais”, foram palavras do novo secretário Jurandir Fernandes à Folha de S.Paulo.

Opções de traçadoO secretário Fernandes falou à Folha de S.Paulo no aproveitamento de boa parte da via férrea já existente. O levantamento da própria STM e CPTM apresenta três alternativas: compartilhar os trilhos com o transporte de carga; compartilhar a atual faixa de terra para a instalação de novos trilhos; ou ainda um novo traçado de linha férrea. O compartilhamento das linhas entre os trens de carga e os de passageiros não é considerado apresentado como viável por conta da intenção de expandir o transporte de cargas ferroviárias e os corredores de exportação.

Quanto à construção de um novo traçado, recomenda-se a possibilidade de compartilhar as faixas de terra já destinadas ao uso ferroviário. O compartilhamento da faixa de terra que pertence à ferrovia é recomendada com a observação da necessidade de corrigir curvas, traçado de rampas, o uso de área sob concessão federal, além de desapropriações. Observa que os espaços vizinhos à ferrovia pode resultar em perfil de curvas e rampas e extensões não viáveis aos desempenhos de velocidade que resultem em tempos competitivos de viagem.




Com informações de: Leandro Nogueira