quarta-feira, 29 de junho de 2011

Trem levará 50% do açúcar a Santos

 Revista Ferroviária.

28/06/2011
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Rumo Logística adquiriu 50 locomotivas e 739 vagões

A Rumo Logística, empresa do Grupo Cosan especializada no transporte de açúcar e graneis, anunciou ontem, 28/06, em coletiva de imprensa realizada em Sumaré (SP), que 50% do transporte de açúcar para porto de Santos, nesse ano, já será feito exclusivamente por trens. O índice é um marco no transporte do açúcar, já que do total advindo das safras de 2008 e 2009, apenas 12% havia sido transportado por ferrovia, e, em 2010, 30%.
Com essa migração do modal de transporte do açúcar, a empresa estima retirar até 30 mil caminhões das estradas por mês, reduzindo as emissões de CO2 na atmosfera. Julio Fontana, presidente da Rumo Logística, ressaltou que a diferença no número de caminhões já pode ser sentida na descida para Santos. Estamos no pico da safra e não houve até agora nenhum congestionamento, afirmou.
O projeto de investimentos de R$ 1,3 bilhão da Rumo Logística, que contempla a construção de um terminal intermodal em  Itirapina, a compra já realizada de 50 locomotivas e 739 vagões e a cobertura do terminal portuário de Santos (para garantir que não deixe de operar em época de chuvas) é o primeiro grande investimento em ferrovias feito por um cliente, já que, apesar da parceria com a ALL, as compras são da Cosan.
Investimentos
O terminal intermodal que começou a ser construído em Itirapina (SP) é responsável por R$ 200 milhões do montante de R$ 1,3 bi e terá capacidade estática para 600 mil toneladas, devendo entrar em operação entre outubro e novembro desse ano.
A empresa adquiriu 51% do terminal de Sumaré, que antes formava o Logispot, e ficou com a gestão de todo o espaço. Possui área de 800 mil metros quadrados – mais do que Rumo necessita, razão pela qual a empresa está considerando arrendar parte. Outra possibilidade é passar a trabalhar com trigo importado na viagem de retorno dos trens de açúcar, ou ainda com aço da CSN para o mercado interno.
Além disso, a empresa espera aprovação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para realizar a cobertura do terminal localizado no porto de Santos. Atualmente, o terminal deixa de operar em média 120 dias por ano, por conta das chuvas.
Para a compra das 50 locomotivas e 739 vagões, a Rumo Logística investiu cerca de R$ 400 milhões. As locomotivas foram fabricadas pela GE, e os vagões vieram da AmstedMaxion, que ficou responsável por dois terços do montante, e da Randon, que fabricou o restante.
                           Julio Fontana, presidente da Rumo Logística: "Vamos duplicar o gargalo ferroviário de Sumaré até Santos."

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: "A migração para as ferrovias vai reduzir as emissões de gases poluentes."

terça-feira, 28 de junho de 2011

SP inicia desapropriações para construir monotrilho


Apesar de todo o projeto ainda estar parado na Justiça, o Metrô de São Paulo começou a desapropriar os terrenos para a construção da futura Linha 17-Ouro - monotrilho que vai ligar o Aeroporto de Congonhas à região do Morumbi. Inicialmente, foram declarados de utilidade pública 65 imóveis nos bairros da Saúde e do Campo Belo, ambos localizados na zona sul da cidade.

O primeiro dos três decretos previstos para a desapropriação de imóveis foi publicado na edição de sábado do Diário Oficial do Estado. O texto prevê a utilização de uma área de aproximadamente 21,3 mil quilômetros quadrados - o equivalente a três campos de futebol se estivessem juntos.

O chamado monotrilho do Morumbi terá 17,9 quilômetros de extensão, entre a Estação Jabaquara (Linha 1-Azul) e a futura São Paulo-Morumbi (Linha 4-Amarela). As composições vão circular a uma altura de 15 metros e passar por bairros nobres, como Brooklin, Granja Julieta, Campo Belo e Morumbi.

O primeiro decreto, no entanto, prevê desapropriação de terrenos no trecho entre a Estação São Joaquim e a Marginal do Pinheiros. Ficará para depois a definição dos imóveis que serão utilizados na região do Panamby, o ponto mais polêmico do projeto.

O projeto para a futura Linha 17-Ouro está parado na Justiça devido a uma liminar concedida em dezembro, que impede a assinatura do contrato com a empresa vencedora da licitação. A Sociedade dos Amigos de Vila Inah (Saviah) entrou com ação contra o projeto, alegando que ele não tem estudos de impacto ambiental  e na vizinhança, nem seu traçado detalhado. O Metrô recorreu, mas, em março, a Justiça manteve a proibição. A liminar que está barrando a Linha 17-Ouro do Metrô deve ser analisada ainda nesta semana pelo Tribunal de Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 26 de junho de 2011

METRÔ INFORMARÁ RESTRIÇÕES OPERACIONAIS RELEVANTES PELO CELULAR A PARTIR DO DIA 22/06









O Metrô de São Paulo passará a informar situações de restrição operacional relevantes pelo celular, por meio de torpedos (SMS) gratuitos, a partir da próxima quarta-feira (22/06). Para receber as mensagens, basta cadastrar-se no site. As mensagens têm como objetivo alertar os usuários sobre essas ocorrências, de modo que seja possível planejar o percurso. 

O sistema de envio de torpedos é um complemento do serviço “Direto do Metrô”, disponível no site da companhia (inclusive na versão mobile) desde o dia 21 de março e que fornece informações em tempo real de forma simples e rápida sobre a operação das linhas metroviárias. 

Como cadastrar-se 

No momento em que fizer o cadastro (clique aqui ), o usuário pode escolher até três linhas que mais utiliza e até três faixas horárias (de duas horas cada) ao longo da operação comercial. Também é possível selecionar os dias da semana. Dessa forma, só serão enviadas mensagens sobre as linhas, dias da semana e horários escolhidos pelo cadastrado. 

O “Direto do Metrô” aponta interferências que afetam uma linha em sua totalidade, de modo que falhas pontuais e breves não são exibidas pelo sistema. São informados os “incidentes notáveis”, ou seja, fatos que causem transtorno aos usuários e interferências na oferta de trens programada para determinado horário. 

O site mostra, na sua página inicial, uma tabela composta por três colunas: na primeira, o nome da linha na segunda, como está a operação por meio de sinal que muda de cor e na última, uma breve descrição sobre a situação do momento. A coluna central faz uma analogia aos semáforos: quando o círculo aparecer em verde, a operação está normal em amarelo, restrição e em vermelho, paralisação ou um problema de grande interferência. As mensagens serão geradas e enviadas para os celulares cadastrados toda vez que ocorrer mudança na cor (status). 

Metrô de Fortaleza inicia testes

Revista Ferroviária.


17/06/2011
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Veículos operarão em uma velocidade média de 80 km/h
O Metrô Fortaleza inicia hoje, 17 de junho, a fase de testes dos dois primeiros VLTs que circularão na Linha Sul. O governador do Ceará, Cid Gomes, acompanhará a primeira viagem de 2,8 km da Linha Sul entre as estações Rachel Queiroz e Virgílio Távora. Ao todo foram 20 VLTs adquiridos pelo Governo do Ceará da empresa italiana Ansaldo Breda para operar na Linha Sul do Metrô de Fortaleza. O Estado investiu R$ 240 milhões na compra dos veículos. A previsão do Metrô de Fortaleza é que a partir de novembro, quando os testes dos primeiros dois VLTs estarão concluídos, comecem a chegar os outros trens da Itália. Quatro composições devem chegar em dezembro e as demais até agosto de 2012.
A Linha Sul do Metrô de Fortaleza terá 24,1 quilômetros e vai ligar Pacatuba ao Centro de Fortaleza. São 18 km em trecho de superfície, 4,0 km em subterrâneo e 2,1 km em elevado. Toda a Linha Sul terá um investimento de R$ 1,7 bilhão

terça-feira, 21 de junho de 2011

Metrô SP vai se comunicar com usuário pelo SMS

21/06/2011 - O Estado de S.Paulo









Passageiros do Metrô de São Paulo receberão, a partir de amanhã, mensagens pelo celular toda vez que alguma linha do sistema ficar paralisada. O intuito, segundo a companhia, é possibilitar que os usuários recalculem sua rota usando outros meios de transporte, ou usem o sistema mais tarde, evitando tumultos.
Adiantado pelo Estado no mês passado, o serviço, que é gratuito, estará disponível apenas para os aparelhos que tenham sido cadastrados na página da empresa na internet (www.metro.sp.gov.br/aplicacoes/news/cadastro_rapido/br/internetw.asp) e não abrangerá a Linha 4-Amarela, administrada pelo consórcio privado ViaQuatro.
Desde 9 de maio, quando o registro foi lançado, 12 mil pessoas já se inscreveram para ter acesso aos torpedos, que serão remetidos de maneira personalizada, ou seja, de acordo com os horários e os percursos que cada passageiro informou usar mais. "Se você não precisa saber sobre a Linha 3-Vermelha, quando houver ocorrências nela seu celular não receberá as mensagens. Já se não costuma usar o metrô no domingo de manhã, não será acordado às 6h30 por um SMS alertando sobre algum problema", afirma Aluízio Gibson, chefe do Departamento de Marketing do Metrô.
Ele explica que o envio das mensagens ocorrerá apenas em caso de falha grave, que trave a circulação de trens na linha toda, por exemplo. "São ocorrências mais importantes, como falha de um trem ou equipamento, falta de energia elétrica ou presença de usuário na via, que obrigam a paralisar a circulação."
O serviço, feito com base em dados do Centro de Controle Operacional (CCO) da empresa - responsável pela supervisão do fluxo de trens em todas as linhas, com exceção da 4 -, é uma extensão do boletim Direto do Metrô, que desde março divulga no site da estatal dados a respeito da circulação dos trens em tempo real. A diferença é que o serviço na internet não traz só ocorrências graves, como fará o SMS, mas também dados sobre lentidão. Celulares de todas as operadores poderão recebê-los. Aviso. Passageiros ouvidos ontem pela reportagem disseram que o serviço de SMS não deve mudar a rotina. "Não acho que vai dar certo. O que eles vão querer? Que a gente deixe de pegar uma linha de metrô com problemas para usar ônibus lotados?", pergunta o diretor de marketing Paulo de Souza, de 38 anos, que usa a Linha 3-Vermelha.
A advogada Fernanda Siqueira, de 26, também acha que os torpedos ajudarão menos do que se espera. "A solução definitiva é construir mais linhas para desafogar o serviço."
Como funciona
As ocorrências são enviadas por celular para os passageiros do metrô:
Cadastro
Para receber o SMS, é preciso cadastrar-se nowww.metro.sp.gov.br/aplicacoes/news/cadastro_rapido/br/internetw.ASP.
Perfil
No site, um formulário pergunta as linhas e os períodos do dia e da semana em que o passageiro mais usa o metrô.
O alerta
A ocorrência é informada pelos funcionários da estação ou operador do trem ao Centro de Controle Operacional (CCO).
A mensagem
A partir desses avisos, os operadores do CCO criam uma mensagem padronizada a ser comunicada nas estações.
SMS
A mesma mensagem será usada por um computador, que identificará quais passageiros usam a linha naquela hora.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Supervia quer antecipar meta de 231 trens para 2016

14/06/2011 - Valor Econômico






A Supervia, que administra os trens urbanos no Estado do Rio de Janeiro, pretende antecipar para 2016 a meta de atingir uma frota com 231 trens, dos quais 140 serão novos, comprados a partir de 2007 e já fabricados com ar-condicionado. A afirmação foi feita pelo presidente da companhia, Carlos José Cunha, que detalhou o plano de investimentos da concessionária, que prevê R$ 1,2 bilhão aportado pela empresa até e outros R$ 1,2 bilhão que serão desembolsados pelo governo do Estado do Rio de Janeiro até 2020.
O planejamento oficial prevê que a frota saltará dos atuais 160 comboios, com média de idade de 35 anos, para 231 trens, com média de 19 anos, em 2020. Mas Cunha é otimista e espera antecipar o cronograma da aquisição dos 30 trens que caberá à Supervia.
“Vamos antecipar a compra, provavelmente para este ano”, frisou Cunha.
Além dos 30 trens que serão adquiridos pela Supervia, o Estado do Rio vai comprar outras 90 unidades novas, por R$ 1,2 bilhão. O primeiro lote, de 34, já foi adquirido e a expectativa do secretário de Transportes do Estado do Rio, Júlio Lopes, é de que a licitação para os trens restantes saia ainda este ano.
Cunha revelou que o primeiro trem comprado pelo Estado entrará em testes em novembro e em operação normal no mês seguinte. A partir daí, o ritmo esperado é de quatro trens novos por mês e até 2012. Todas as 34 unidades adquiridas pelo governo fluminense na China já estarão em operação.
“Agora é pra valer. Os investimentos vão ser feitos e o serviço vai melhorar”, fez questão de frisar Cunha, que assumiu a empresa no começo do ano, depois que a Odebrecht TransPort chegou ao controle da concessionária, com 60% de participação, enquanto os outros 40% estão nas mãos de fundos de investimento estrangeiros.
O objetivo da nova administração da empresa é saltar de 540 mil clientes por dia útil hoje para 1 milhão em 2015, e 1,5 milhão, em 2020. Para tanto, a companhia investe não apenas em novos trens, mas na reforma de unidades antigas. A partir de 2014, 73 trens de aço inox que hoje operam sem ar-condicionado já estarão aptos a permitir uma viagem mais refrescante aos usuários, juntando-se a outros 18 que já foram reformados. Além disso, os 49 trens de aço carbono, sem ar-condicionado e com idade média de 50 anos, serão aposentados.
Mas a melhoria do serviço e o aumento do número de clientes também serão buscados com melhorias operacionais. As duas mais importantes, e que segundo Cunha já estarão a pleno vapor no fim do ano, serão a operação por intervalos e a fidelização das plataformas. Na primeira, a partir de setembro, o cliente já saberá quanto tempo o próximo trem levará para partir, enquanto a fidelização, que entrará em operação a partir de julho, permitirá que se saiba com antecedência de que plataforma a composição partirá.
“Isso permitirá mais 35 viagens, aumentando em 70 mil lugares a oferta diária”, frisou Cunha. “Com a mesma quantidade de trens, vamos dar mais conforto e melhorar bastante a operação já este ano”, acrescentou, lembrando que a fidelização e a operação por intervalos, somadas a outros 11 itens, significarão mais R$ 50 milhões em investimentos adicionais em 2011


Imagem: Denis Castro

terça-feira, 14 de junho de 2011

Metrô prevê desapropriar 22 mil m2 na zona sul

Área será usada para obras do monotrilho
VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO 

Uma área de cerca de 22 mil m2, distribuída em dez quarteirões dos bairros da Saúde e do Campo Belo, zona sul de SP, foi declarada de utilidade pública para obras da linha 17-ouro do metrô.
A primeira lista de imóveis a serem desapropriados para as obras da linha, que ligará o aeroporto de Congonhas ao Jabaquara e ao Morumbi, tem 39 casas, oito imóveis comerciais e 18 terrenos vazios.
Segundo o Metrô, as áreas serão desapropriadas para o acesso às estações Jabaquara, Hospital Saboia, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan.
Porém, no decreto de utilidade pública não aparece a área que corresponde à estação Água Espraiada. Procurado, o Metrô não explicou o motivo da ausência até a conclusão desta edição.
Segundo o engenheiro Carlos Victor, 49, que tem um imóvel de 250 m2 no quarteirão formado pelas avenidas Vereador José Diniz e Jornalista Roberto Marinho e pelas ruas Barão de Sabará e Gabriele D'Annunzio, os moradores da área já sabiam que poderiam perder suas casas.
"Nós já tínhamos contrato assinado com uma construtora, que pagaria R$ 7.000 pelo m2", afirma. Uma cláusula do documento, diz ele, previa a anulação do negócio em caso de desapropriação.
Victor afirma ainda não saber quanto exatamente receberá pelo imóvel, mas que funcionários do Metrô dizem que o pagamento por m2 desapropriado na região fica entre R$ 3.000 e R$ 3.500.
O valor dos terrenos está valorizado ali, onde há um boom de prédios de alto padrão, que podem ser vistos nas quadras acima das alinhadas à Vereador José Diniz.
A declaração de utilidade pública ocorreu no sábado, três dias após o Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente) anunciar 55 exigências para a licença ambiental.
Entre elas, respostas a questionamentos como quais imóveis serão desapropriados, quem será responsável por isso (município ou Estado) e estimativa de custos para desapropriações.
O projeto é polêmico entre moradores do entorno da linha, que temem desvalorização. Há resistência ao modelo, um monotrilho -trem sobre trilhos elevados a 15 m.
A previsão para toda a linha é desapropriar cerca de 132 mil m2, equivalentes a 18 campos de futebol; 20% dos imóveis são de alto padrão.

Colaboraram EDUARDO GERAQUE e EVANDRO SPINELLI